Vila da Ribeira Brava, 18 Fev (Inforpress) - O grupo de trabalhadores do vale de Fajã ao qual o empreiteiro “Moreno e Furtado” deve entre dois a três meses de salários decidiu não partir para qualquer acção reivindicativa do montante que lhe é devido sem discutir, primeiro, esse seu caso com o sindicato.
Segundo um dos representantes desse grupo, José António, o encontro com o responsável do sindicato local (SICOTAP) está marcado para a próxima sexta-feira, pelo que antes dessa data nenhuma atitude reivindicativa será tomada pelos referidos trabalhadores.
O empreiteiro “Moreno e Furtado”, de origem da ilha de Santiago, que vinha executando um conjunto de obras físicas na bacia hidrográfica do vale de Fajã, no quadro do programa Millennium Challenge Account (MCA), viu rescindido o contrato da execução dessas obras, por incumprimento das cláusulas contratuais, deixando um considerável número de trabalhadores em apuros pelo não pagamento dos seus salários.
José António afirma que os salários em divida vão dos meses de Maio a Julho e que o número de trabalhadores afectados atinge algumas dezenas, muitos deles chefes de família.
O mesmo trabalhador adianta que as dívidas de “Moreno e Furtado” não são só em relação aos trabalhadores como também em relação aos fornecedores de materiais, aos quais o montante em dívida ele supõe seja elevado.
O referido empreiteiro, que deixou já esta ilha, tinha a seu cargo a construção de dois reservatórios de água (um de 1000 m3 e dois de 500 m3) e um dique de retenção de água.
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