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S. Nicolau: Escola Secundária Ribeira Brava encerra ano lectivo com “ciclo académico”

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Vila da Ribeira Brava, 26 Jun (Inforpress) - A Escola Secundária Baltazar Lopes da Silva encerra o presente ano lectivo com um “ciclo académico”, cujo programa de actividades teve inicio, quinta-feira, com uma exposição de pintura do jovem artista plástico, José Jerónimo.


O certame realizou-se nas instalações da Irmandade onde estiveram patentes ao público 11 quadros do estudante tarrafalense.

José Jerónimo, que termina, este ano, o terceiro ciclo liceal, leva a pintura a sério desde do ano lectivo 2007/2008.

O artista disse que, nesse ano, a sua professora de inglês, uma cooperante portuguesa, descobriu nele dotes para pintura, através das fotos de quadros seus no jornal da escola.

Além de o motivar para continuar a pintar, essa professora foi de férias para Portugal e trouxe-lhe tinta apropriada para a tela, já que costumava recorrer à tinta plástica da SITA utilizada na pintura das casas.

O ciclo académico da Escola Secundária da Ribeira Brava prossegue, esta tarde, nas instalações da Irmandade com um vasto programa cultural, com destaque para uma exposição de vários aspectos da cultura cabo-verdiana, designadamente culinária e música tradicional.

CH

Inforpress/fim

S. Nicolau: Mais 45 mil contos para o combate à pobreza

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Vila da Ribeira Brava, 24 Jun. (Inforpress) - Um montante de quarenta e cinco mil contos será investido durante a terceira fase do Programa de Luta contra a Pobreza no Meio Rural (PLPR) em S. Nicolau, anunciou hoje, na ilha, o coordenador da Unidade de Coordenação do Programa Nacional de Luta com a Pobreza (UCP-PNLP).


Ramiro Azevedo acredita, porém, que os recursos disponibilizados para esta última fase do programa nesta ilha serão triplicados, com a mobilização de mais financiamentos junto de outras instituições e organizações nacionais e internacionais que não sejam só os do PNLP.

Esse responsável sustenta que dois terços dos programas realizados pelas associações comunitárias de desenvolvimento local nas duas fases anteriores foram financiados por outras instituições que não o PNLP, o que poderá acontecer também neste terceiro ciclo do programa.

Ramiro Azevedo disse que para esta terceira fase, o Programa de Luta contra a Pobreza no Meio Rural assenta-se em três eixos: qualificação dos pobres para poderem inserir no mercado do trabalho, realização de actividades geradoras de rendimento, com vista à sua integração na economia, e melhoria das suas condições de vida através do acesso a serviços como habitação, água, electricidade e saneamento.

Com o objectivo de socializar as recomendações para esta fase do programa, a UCP-PNLP realizou, terça-feira, na Fajã, um atelier com os parceiros locais do PLPR e os líderes das associações comunitárias de desenvolvimento local.

No final da sua visita a S. Nicolau, Ramiro Azevedo disse que levava desta ilha uma “visão muita positiva do programa, sobretudo dos beneficiários”.

O coordenador da UCP-PNLP mostrou-se, por outro lado, satisfeito com “a grande mobilização das associações comunitárias de S. Nicolau para participarem nesta fase do programa”.

A terceira fase do Programa de Luta contra a Pobreza no Meio Rural teve início em 2008 e termina 2012.

A ilha de S. Nicolau beneficia desse programa desde o seu arranque em finais do ano 2000.

CH

Inforpress/fim

S. Nicolau: MpD contra nova localização do Mercado Municipal de Fajã

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Vila da Ribeira Brava, 19 Jun (Inforpress) - A Comissão Politica Regional do MpD, Ribeira Brava, repudiou, quinta-feira, a “forma malabarista” como a Câmara Municipal e o seu presidente organizaram uma reunião no vale de Fajã”, para se decidir sobre a nova localização do Mercado Municipal daquela localidade.


Segundo a estrutura local desse partido, Fajã tem uma população de mais de mil habitantes e na referida reunião participaram menos de 40 pessoas, para “decidirem se a Câmara deveria continuar a construção do Mercado Municipal para aquela localidade, iniciada pela edilidade anterior ou se, em sua substituição, devia optar por um Centro de Saúde”.

Afirma o MpD, da Ribeira Brava, que “não é atribuição das Câmaras Municipais a construção de Hospitais, Centros de Saúde e similares, que devem ser deixados à responsabilidade do Governo da República, como manda a lei.”

Considera que a construção de mercados, para além de ser atribuição da Câmara Municipal, o da Fajã “é da maior utilidade e oportunidade”.

O órgão que dirige o MpD no município da Ribeira Brava sustenta que a construção do referido mercado “é, antes de tudo, uma recomendação do Plano Municipal Ambiental, validado em Junho de 2004, para os próximos 12 a 14 anos e é, igualmente, um compromisso assumido pelo município, no quadro dos programas e projectos aprovados pela Assembleia Municipal e convalidados pela Direcção Geral do Ambiente, em 2007/08”.

O mesmo órgão sustenta, por outro lado, que o mercado da Fajã “é da maior oportunidade, no contexto dos investimentos feitos no vale da Fajã, com vista à produção de hortícolas e produtos agro-pecuários e dentro das atribuições municipais nos domínios do ambiente, saneamento, saúde pública, turismo e comércio interno”.

Conforme o MPD, Ribeira Brava, “só por revanchismo, complexo, incompetência e vontade de esbanjar dinheiros públicos se compreende que a Câmara Municipal queira agora trocar o Mercado Municipal da Fajã, por um Centro de Saúde em completa confusão e promiscuidade de competências entre o Poder Local e o Poder Central, com subordinação dos interesses deste aos interesses daquele e consequente perda da autonomia municipal, constitucionalmente determinada.”

A 12 de Junho a Inforpress noticiara que o espaço, onde no início da década de 70 foi erguido o Posto Sanitário de Fajã, vai ser reestruturado para nele ser implantado o futuro mercado de Fajã. O Posto Sanitário, por sua vez, vai ser erigido no espaço onde o elenco camarário, presidido por Amílcar Spencer Lopes, iniciou no ano de 2007 a construção do mercado de Fajã.

A decisão sobre esta permuta foi tomada durante um encontro que a Câmara Municipal de Américo Nascimento promovera quinta-feira, 11, com os moradores de Fajã, para a discussão do assunto.

O edil ribeira-bravense disse que alguns moradores da localidade lhe tinham sugerido tal permuta, com o argumento de que Fajã sairia a ganhar, mas preferiu que a própria população local decidisse o que acharia melhor para ela.

“Não estamos nem deste nem daquele lado”, fez saber Américo Nascimento às duas correntes de opinião que se formaram na sala da reunião, cada uma defendendo a sua posição.

“O que maioria decidir, a Câmara Municipal acata sem qualquer problema”, garantiu.

A discussão foi, efectivamente, acesa, tendo a quase totalidade dos presentes expressado o seu ponto de vista.

Levado o assunto à votação, os defensores da permuta acabariam por vencer com uma vantagem de apenas dois votos (20 contra 18).

Os vencedores, na sua maioria jovens, defenderam a sua posição com uma visão de futuro, argumentando que no espaço onde se iniciou o mercado poder-se-á construir uma unidade de saúde evolutiva, uma vez que há terreno quanto baste, contrariamente ao espaço onde se encontra implantado o actual posto sanitário.

CH

Inforpress/Fim.

S. Nicolau/Futebol: Atlético conquista Super Taça época 2008/09

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Vila da Ribeira Brava, 15 Jun (Inforpress) - O Sport Club Atlético venceu a Super Taça “S.Nicolau” em futebol referente à época 2008/09, ao derrotar na final, disputada sábado, o Desportivo Ribeira Brava por uma bola zero (1-0

O tento da partida foi apontado por Calu de Fátima, na conversão de uma grande penalidade, nos primeiros minutos da segunda parte.

O jogo da super taça foi a primeira prova de futebol realizado no relvado sintético da Chãzinha, depois da sua inauguração no passado mês de Maio.

O troféu foi patrocinado pela Cabo Verde-Telecom.

CH

Inforpress/fim

S. Nicolau: Escola Secundária da Ribeira Brava orienta alunos na escolha da profissão

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Vila da Ribeira Brava, 13 Jun (Inforpress) - A direcção da Escola Secundária “Baltazar Lopes da Silva” (ESBLS), da vila da Ribeira Brava, realiza durante esta manhã, naquele estabelecimento de ensino, uma “feira de profissões”, com o objectivo de orientar os alunos do 10º 11º e 12º anos na escolha das áreas do 3º ciclo e da profissão.


Conforme a direcção dessa escola, a escolha de uma profissão nem sempre é fácil e os alunos tem essa dificuldade.

“É nossa função como professores, educadores e profissionais, orientá-los nas suas escolhas de forma que possamos ter bons profissionais, capazes de contribuir para o desenvolvimento do nosso país”, refere em nota o subdirector dos Assuntos Socais e Comunitários da ESBLS, José Manuel do Rosário Ramos.

O programa dessa feira terá dois momentos, sendo o primeiro destinado aos esclarecimentos e orientações por parte da direcção da escola sobre as áreas do 3º Ciclo.

No segundo momento, os alunos terão contactos com os profissionais convidados, onde poderão colocar questões e conhecer melhor as profissões.

CH

Inforpress/fim

S. Nicolau: Posto sanitário e mercado de Fajã permutam localização

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Vila da Ribeira Brava, 12 Jun (Inforpress) - O espaço onde no início da década de 70 foi erguido o Posto Sanitário de Fajã vai ser reestruturado para nele ser implantado o futuro mercado de Fajã.

O Posto Sanitário, por sua vez, vai ser erigido no espaço onde o elenco camarário presidido por Amílcar Spencer Lopes iniciou no ano de 2007 a construção do mercado de Fajã.



A decisão dessa permuta foi tomada durante um encontro que a Câmara Municipal de Américo Nascimento promoveu quinta-feira com os moradores de Fajã, para a discussão desse assunto.

O edil ribeira-bravense disse que alguns moradores dessa localidade lhe tinham sugerido tal permuta, com o argumento de que Fajã sairia a ganhar, mas preferia que a própria população local decidisse o que acharia melhor para ela.

“Não estamos nem deste nem daquele lado”, fez saber Américo Nascimento às duas correntes de opinião que se formaram na sala da reunião, cada uma defendendo a sua posição.

“O que maioria decidir, a Câmara Municipal acata sem qualquer problema”, garantiu.

A discussão foi, efectivamente, acesa, tendo a quase totalidade dos presentes expressado o seu ponto de vista.

Levado o assunto à votação, os defensores da permuta acabariam por vencer com uma vantagem de apenas dois votos (20 contra 18).

Os vencedores, na sua maioria jovens, defenderam a sua posição com uma visão de futuro, argumentando que no espaço onde se iniciou o mercado poder-se-á construir uma unidade de saúde evolutiva, uma vez que há terreno quanto baste, contrariamente ao espaço onde se encontra implantado o actual posto sanitário.

A corrente vencedora argumentou ainda que uma estrutura hospital deverá situar-se em local de sossego e tranquilidade, o que não acontece com o local onde se situa o actual posto sanitário, que está à beira de uma estrada muito movimentada e ter como vizinho um polivalente desportivo, onde o barulho é quase permanente.

Um terceiro argumento apresentado é que o local onde se iniciou a construção do mercado, por estar afastado do centro, não favorece a sua função, o que será diferente, caso funcione no espaço onde está o posto sanitário.

Os defensores na manutenção do posto sanitário no local onde se encontra argumentam que o edifício existente tem muitos anos e desde sempre serviu bem a população, pelo que não vêm qualquer motivo para a sua transferência para outro local.

“Esse posto foi construído no ano de 1973, sempre serviu a população, nunca matou ninguém e não é agora que vem matar”, precisa um defensor da manutenção.

Entre os defensores da manutenção está o enfermeiro desse posto, Frank. O jovem enfermeiro argumenta que o posto sanitário situa-se à beira estrada, o que constitui uma vantagem para essa unidade de saúde, em caso de uma evacuação rápida de um paciente para o Centro de Saúde da Ribeira Brava.

Nem o argumento do barulho com origem no polivalente apresentado pelos defensores da transferência do posto sanitário convenceu os pela manutenção.

“Quem está mal localizado é o polivalente, não o posto sanitário”, retorquir um deles.

CH

Inforpress/fim

Américo Nascimento lança 1ª pedra de casas sociais em Preguiça

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O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Américo Nascimento, presidiu esta sexta-feira ao acto de lançamento da primeira pedra para a construção de 10 casas sociais na localidade de Preguiça, São Nicolau. Esta actividade enquadra-se no programa do dia de Santo António, festa que se comemora nessa povoação piscatória.


O projecto está orçado em pouco mais de 16 milhões de escudos e será financiado pela Câmara Municipal da Ribeira Brava e pela empresa holandesa Woobron, através da intermediação da ONG Intercâmbios Internacional (ICI), constituída na sua maior parte por jovens descendentes de cabo-verdianos, residentes em Holanda.

As casas, tipo T2, serão entregues a famílias dessa comunidade, que passarão a ter uma residência condigna.

Esteve presente no acto a presidente da Intercâmbios Internacional, Margarida Mendes, que se encontra no Município da Ribeira Brava a ministrar um curso sobre gestão de projectos, dirigido a funcionários Câmara da Ribeira Brava, no âmbito do projecto DIAS.



Ultramarina goleia (4-0) Santa Maria em São Nicolau

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Praia, 10 Jun. (Inforpress) – A equipa da Ultramarina recebeu e goleou na tarde de quarta-feira, 09, no campo do Tarrafal de São Nicolau, o Sport Clube de Santa Maria da ilha do Sal por quatro bolas a zero, em jogo de acerto do calendário referente a primeira jornada do campeonato nacional de futebol.

Os golos da equipa campeã regional de São Nicolau foram apontados pelos irmãos Marlon e Adir na etapa primeira, sendo que na etapa complementar Jugoli e Néné fecharam o “placard”.

Com esta vitória, a Ultramarina alcança a terceira posição por troca com os Onze Unidos da ilha do Maio, com quatro pontos cada, enquanto Santa Maria cai para a penúltima posição com apenas dois pontos.

As duas equipas afastadas da semi-final do Campeonato Nacional, reclamam, entretanto, o facto de se defrontarem 48 horas após os jogos da quarta jornada em que Santa Maria havia deslocado à cidade da Praia e Ultramarina a ilha do Maio.

O técnico do Santa Maria acusou o cansaço dos seus pupilos como o responsável por esta goleada, com o argumento de que o seu colectivo havia feito um jogo “muito cansativo” no estádio da Várzea. De resto, Carlos Nunes mostrou-se inconformado pelo facto de se ter jogado num campo de terra batida que classifica de “sem condições para uma prova do Nacional”.

Já o treinador da Ultramarina, Victor, regozijou-se com a primeira vitória da sua equipa neste campeonato e felicitou os seus atletas “pelo esforço prestado à causa do clube e da ilha”.

A Ultramarina deixa a ilha de São Nicolau esta quarta-feira rumo a Santo Antão Norte para defrontar o Foguetões, enquanto Santa Maria regressa ao Sal para no sábado fazer a recepção aos Onze Unidos.

SR

Inforpress/Fim.

Ultramarina e Santa Maria acertam o calendário do Nacional

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Praia, 09 Jun. (Inforpress) – As equipas do Futebol Clube da Ultramarina e do Sport Clube de Santa Maria defrontam-se esta tarde, no Tarrafal de São Nicolau, em jogo de acerto da primeira jornada do Grupo-A do Campeonato Nacional de futebol.

O jogo realiza-se no campo de terra batida do Tarrafal, o que tem sido muito contestado, pela equipa encarnada da ilha do Sal, sobretudo pela equipa técnica. O treinador Carlos Nunes indaga o porque da realização do jogo neste “campo que não reúne as mínimas condições, quando a região desportiva de São Nicolau conta com um estádio relvado”.

Trata-se de um jogo que coloca frente a frente duas equipas eliminadas das meias-finais e que têm feito uma campanha muito aquém do esperado. Ambas estão à espreita da sua primeira vitória nesta presente edição do campeonato.

A equipa de Santa Maria conta com dois empates e uma derrota enquanto a formação campeã de São Nicolau registou já duas derrotas e um empate nesta sua campanha.

Certo é que o jogo está a ser encarado com grande entusiasmo pelos dois conjuntos, já que, para além da procura da melhor prestação nesta prova, ambos jogam pelos cifrões.

É que o campeonato nacional premeia as equipas consoante as vitórias ou empates por cada jogo ao longo das diferentes fases do nacional.

SR

Inforpress/Fim.

S. Nicolau: Perímetro irrigado vai nascer pelos lados de Preguiça

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Vila da Ribeira Brava, 09 Jun (Inforpress) - Um perímetro irrigado vai nascer nas terras áridas da planície que fica no sopé do Campo de Preguiça, do lado que dá para a aldeia piscatória de Preguiça.

Serão três hectares de terreno irrigado com água do furo realizado no ano passado naquela zona pelo Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM).

Segundo o delegado do MADRRM em S. Nicolau, Adilson Melício, as máquinas já estão a desbravar o terreno que será dividido em parcelas de mil metros quadrados cada para a produção de hortícolas.

O projecto visa beneficiar entre 25 a 30 famílias de Preguiça, as quais, além da pesca, seu principal modo de vida, terão na agricultura outro meio de subsistência.

Segundo o delegado do MADRRM, Adilson Melício, a cada família será distribuída uma parcela de terreno, à semelhança do que o seu Ministério fizera em Belém.

Além das parcelas que serão entregues as famílias, a delegação local do MADRRM vai criar no local um horto escolar com uma superfície de três mil metros quadrados.

O horto escolar servirá de campo experimental e os produtos nele produzidos serão distribuídos às escolas para o reforço das refeições quentes aos alunos.

Conforme Adilson Melício, o custo geral do projecto ultrapassa os dez mil contos.

O projecto inclui o furo (realização e equipamento), preparação e vedação do terreno a irrigar, construção do reservatório de água e instalação da rede mãe de distribuição às parcelas.

O referido furo tem capacidade para produzir 150vmetros cúbicos de água/dia.

CH

Inforpress/fim

Farinha de mandioca em S. Nicolau - Do período de ouro à tradição

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Vila da Ribeira Brava, 05 Jun. (Inforpress) – A cultura da mandioca foi praticada em grande escala na ilha de S. Nicolau, até finais da década de sessenta, na actualidade o plantio é feito em pequena escala e parte do produto é utilizado só para manter a tradição e avivar a farinha de mandioca que custa hoje seiscentos escudos o quilo.


Outrora, em S. Nicolau, a plantação da mandioca só não tinha predominância sobre as culturas do milho e dos feijões. A mandioca cultivava-se em terrenos de sequeiro e dominava uma boa parte das terras férteis dos vales de Fajã, Ribeira Brava, Covoada, Queimadas e Ribeira Prata.

A produção desse tubérculo era de tal monta que não havia mercado para a sua colocação.

A saída para o produto, seria, por conseguinte, a sua transformação em farinha, cuja produção chegou a constituir numa verdadeira indústria para a ilha, gerando, anualmente e durante vários meses, um sem número de postos de trabalho permanente.

A produção iniciava-se logo que o tempo começasse a aquecer, normalmente em Março, e culminava em meados ou finais de Junho, antes das primeiras chuvas. Os maiores proprietários de terras cultivadas de mandioca passavam quatro meses seguidos a produzir farinha, só tirando os domingos para o descanso.

Um só proprietário poderia produzir sessenta quartas (600 litros) de farinha/dia.

O produto era armazenado em grandes depósitos de madeira ou de zinco, alguns dos quais com capacidade para mais de cinquenta alqueires de farinha, ou sejam, mais de duzentas quartas.

Pela sua qualidade, a farinha de mandioca de S. Nicolau ganhou fama a nível nacional e foi considerado durante muitos anos o principal produto de marca desta ilha.

Tal foi a sua fama e projecção em Cabo Verde que deu origem, na época, a uma célebre e satírica coladeira (música tradicional cabo-verdiana) gravada em disco vinil.

Com o desaparecimento das culturas de mandioca nas terras de sequeiro, devido à escassez das chuvas, a indústria da farinha morreu nesta ilha, e com ela desaparecendo a mais importante ou uma das mais importantes actividades económicas que S. Nicolau já conheceu.

Ultimamente, com a crescente produção de mandioca no perímetro irrigado de Fajã, alguns agricultores, com terras beneficiadas com a água proveniente da captação (galeria) existente, têm ensaiado a produção da farinha.

Mas trata-se tão-somente, de produção para uso familiar, uma vez que não há mandioca suficiente para o fabrico da farinha em escala maior.

Segundo apurou a Inforpress, em Maio último, quatro agricultores daquele perímetro irrigado montaram o tacho para a produção da farinha. A quantidade produzida não ultrapassou as cinquenta quartas (500 litros).

Um deles informou à Inforpress que levou à rala para a produção de farinha não mais do que três sacos de mandioca.

“É só para manter a tradição e mostrar aos meus filhos como se faz a farinha”, precisa João Fortes, um dos maiores e mais bem sucedidos agricultores do perímetro irrigado de Fajã.

Nas terras de sequeiro de Pico Agudo e Covoada, não obstante a escassez das chuvas, ainda se vislumbra alguma plantação de mandioca, o que tem levado os seus donos a produzir pequenas quantidades de farinha, com o objectivo, sobretudo, de manter a tradição.

A raridade da farinha de mandioca produzida localmente levou esse produto ao preço do ouro, não acessível, por conseguinte, aos bolsos do cidadão comum.

O litro da farinha está por seiscentos escudos.

Porque se tornou um produto escasso, por certo, já nenhum proprietário de S. Nicolau conquista o coração de uma moça de S. Vicente, com a promessa de engordá-la em farinha de pau, como refere a coladeira acima referida.

CH

Inforpress/fim.

São Nicolau acolhe seminário sobre qualidade da aguardente de cana-de-açucar

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Praia, 04 Jun (Inforpress) - A Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE) promove, sexta-feira, 05, no concelho da Ribeira Brava (São Nicolau), um seminário sobre o tema “Melhoria da Qualidade na Produção Tradicional da Aguardente de Cana-de-Açúcar e o novo Diploma Legislativo sobre as Infracções Contra a Economia e a Saúde Pública”.


Segundo a IGAE, este seminário, tem por objectivo informar e formar os produtores de aguardente de cana-de-açúcar de Cabo Verde sobre a falta de controlo de qualidade na produção do produto, evidenciada pelas dezenas de amostras de aguardente de cana-de-açúcar já analisadas pela IGAE, a necessidade de uma higiene mais adequada e um conhecimento técnico mais aprofundado.

No evento, que conta com a parceria da Câmara Municipal de Ribeira Brava e da Delegação do Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, participam representantes dos serviços desconcentrados do Estado e várias dezenas de produtores tradicionais de aguardente de São Nicolau.

O programa de visita dos inspectores da IGAE à ilha inclui, ainda, dezenas de acções de inspecção a operadores dos diversos sectores da actividade económica e a distribuição de vários documentos de informação aos operadores.

No sábado, dia 06, será a vez de Santa Catarina de Santiago receber, pela segunda vez, o Seminário sobre a Melhoria da Qualidade da Aguardente, em parceria com o Centro de Emprego e Formação Profissional.

Em Santa Catarina, conforme a IGAE, o seminário versará questões relacionadas com a fraude sobre a genuinidade do produto, infracção punida de uma forma agravada pelo novo “Decreto-Legislativo sobre as Infracções Contra a Economia e a Saúde Pública”, que entrará, brevemente, em vigor.

A primeira edição deste seminário, foi realizada no ano passado no concelho da Ribeira Grande de Santiago, a segunda em Santa Catarina de Santiago e a terceira edição no concelho do Paúl, Santo Antão.

ZS

Inforpress/Fim

S. Nicolau: Campanha protecção tartarugas inicia-se este ano mais cedo

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Vila da Ribeira Brava, 02 Jun (Inforpress) - A campanha da protecção das tartarugas no município do Tarrafal de São Nicolau inicia-se, este ano, mais cedo e prolonga-se por um período de quatro meses, em vez dos três meses (Julho/Agosto/Setembro) tidos como o período da nidificação desses animais marinhos nas praias de Cabo Verde.

Este ano, a campanha da protecção das tartarugas nas praias tarrafalenses inicia-se em meados de Junho e termina em meados de Outubro.



José Cabral é quem coordena a referida campanha a nível do município do Tarrafal e justifica a antecipação dessa actividade com o facto de já, neste mês de Maio, se ter constatado a saída de algumas tartarugas nas praias daquela região para as posturas.

Disse que desconhece as razões dessa mudança de comportamento por parte desses animais marinhos, embora deduza que o motivo seja ditado por alterações climáticas.

Conforme o relatório do Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas (INDP) referente à Campanha Nacional para a conservação das tartarugas marinhas em Cabo Verde, realizada em 2008, o município do Tarrafal, na ilha de S. Nicolau, “possui a maior população de tartaruga desovante, Caretta caretta, em comparação com as outras ilhas (S. Vicente e S. Antão) da região Norte de Cabo Verde”.

“S. Nicolau passa a integrar o grupo das ilhas mais importantes para as posturas de Caretta caretta em Cabo Verde, depois da Boavista e a par com Sal e Maio”, acrescenta o documento.

O relatório do INDP refere que, em 2008, a campanha de fiscalização em S. Nicolau abrangeu um total de sete praias, nas quais foram identificados 354 ninhos de tartarugas, 969 rastros e 6 capturas.

Conforme José Cabral, em S. Nicolau existem cerca de dez praias onde se registam posturas de tartarugas, sendo as de “Baixo de Rocha”, “Praia Grande” e “Barril”,todas no município tarrafalense, as mais importantes em termos de nidificação.

Esse responsável informou que nesse município a campanha para a protecção das tartarugas iniciou-se em 2005, mas foi em 2007 que se tomou essa actividade a sério.

Referindo-se ao efeito dessa campanha na defesa e preservação desses animais marinhos, disse que em 2007 não mais que seis animais foram mortas nas praias tarrafalenses, enquanto que em 2006 registou-se um “holocausto” em termos de mortandade.

O coordenador da campanha da protecção de tartarugas no município do Tarrafal mostra-se optimista quanto à consciencialização da população sanicolauense em relação à protecção e defesa das tartarugas, porque em S. Nicolau, ao contrário dalgumas das outras ilhas de Cabo Verde, a captura das tartarugas não é encarada como actividade económica.

José Cabral explicou que nesta ilha a captura desses animais marinhos constitui uma “questão meramente tradicional”.

“Curiosamente, as pessoas que vivem junto ao mar em S. Nicolau não comem tartaruga”, ressalta.

Segundo José Cabral, a carne da tartaruga nesta ilha é usada em paródias e por pessoas que vivem nalguns povoados do interior da ilha, como são os casos de habitantes de Praia Branca e Fragata, que compram as tartarugas capturadas nas praias de Barril e Praia Grande, e pessoas de Juncalinho que consomem a carne das capturadas no Carriçal.

O plano para a campanha de protecção das tartarugas referente ao ano 2009 no município do Tarrafal já foi elaborado e pronto para ser remetido à Direcção Geral do Ambiente.

José Cabral fez saber à Inforpress que o seu orçamento atinge os dois mil e 500 contos, mas que mais de metade (perto de mil contos) desse montante destina-se ao pagamento dos guardas que irão fazer a vigia das praias.

Além de vigias das praias, o plano contempla campanhas de informação, educação e sensibilização das comunidades em relação à problemática das tartarugas. As campanhas serão realizadas a nível das escolas e das comunidades em geral.

Quanto aos financiadores, José Cabral disse que, basicamente, a Câmara Municipal do Tarrafal é que tem financiado as campanhas de protecção de tartarugas naquele município, mas para a deste ano esperam obter algum financiamento externo.

Com relação à participação do INDP nessas campanhas, informou que esse instituto tem dispensado apoio técnico.

CH

Inforpress/fim

Nacional de futebol: Morabeza empata na Brava e Mindelense ganha em São Nicolau

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Praia, 01 Jun. (Inforpress) – A equipas do Morabeza, da Brava, e da Académica, da Boa Vista, fecharam, na tarde de domingo, 31, a terceira jornada do Campeonato Nacional de Futebol, com um empate a zero bolas, em jogo realizado no Municipal Aquiles de Oliveira.


Com este nulo, o Morabeza deixa de liderar, de forma isolado, o Nacional, para dividir a liderança do Grupo B com os mesmos sete ponto que os tricampeões nacionais do Sporting Clube da Praia. As duas equipas somam duas vitórias e um empate, cada.

A terceira posição é ocupada pelos Vulcânicos, com quatro pontos, enquanto as equipas do Sporting do Porto Novo e Estrela dos Amadores, do Tarrafal, ocupam a quarta posição, com três pontos cada. Já a Académica da Boa Vista acaba de conquistar o seu primeiro ponto no Nacional de Futebol 2008/09, pelo que continua na cauda da tabela ainda que apenas, matematicamente, possa atingir às meias-finais.

A ronda terceira ficou, entretanto, concluída no Municipal do Tarrafal de São Nicolau, onde o Mindelense foi derrotar os campeões regionais de São Nicolau, a Ultramarina, por duas bolas a uma.

Num domingo marcado por dois jogos à moda antiga, nos campos pelados, os campeões de São Vicente lograram dos golos apontados por Nando (58 minutos) e Kely (66 minutos), sendo que o tento de honra da equipa visitada foi apontado já no período de compensações, por intermédio de Dica, na cobrança de uma grande penalidade.

Com este empate, o Mindelense continua a partilhar o comando do Grupo A com a Académica da Praia, com nove pontos cada, equipas que praticamente já asseguram a passagem às meias-finais.

Na terceira posição surge os Onze Unidos, do Maio, com três pontos e quarta posição está a ser ocupada pelo Santa Maria, do Sal, e Ultramarina com um ponto cada. Foguetões, lanterna vermelha, ainda não pontuou. Santa Maria e Ultramarina têm um jogo em atraso, a ser disputado na próxima quarta-feira.

SR

Inforpress/Fim

S. Nicolau: Melhor aluno liceu sonha ser primeiro-ministro de Cabo Verde

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Vila da Ribeira Brava, 01 Jun (Inforpress) – Manuel de Pina Fernandes é o melhor aluno do 12º. ano do liceu “Baltazar Lopes da Silva”, da vila da Ribeira Brava, e sonha ser primeiro-ministro, para “ajudar Cabo Verde a desenvolver-se”.

Mora na vila do Tarrafal e no segundo semestre destacou-se no quadro de honra com a média de 17 valores.


O jovem estudante tarrafalense confessa que não dedica aos estudos mais que uma ou duas horas diárias e que o seu segredo em ser um bom aluno reside na atenção que presta nas aulas às explicações dos professores.

Levanta-se da cama todos os dias por volta das 05H20, porque mora a 26 quilómetros da vila da Ribeira Brava, onde se lecciona o terceiro ciclo.

Com 19 anos, esse aluno do liceu “Baltazar Lopes da Silva” já poderia ter completado o ensino secundário, mas imperativos da vida familiar prejudicaram-lhe nos estudos.

Disse que na fase do Ensino Básico Integrado (EBI) ficou um ano sem frequentar a escola. Foi no ano em que acompanhou o pai à ilha do Maio. Este é operário de máquinas de uma empresa de construção civil que naquele ano tinha uma obra para executar em território maiense.

Das disciplinas que tem, considera ser seu ponto forte a sociologia, cuja média no segundo semestre foi de 19 valores. Disse que a disciplina de português constitui o seu ponto fraco, uma vez que tem alguma dificuldade em matéria de interpretação, particularmente, da poesia.

O jovem estudante tarrafalense já escolheu o curso que pretende fazer depois de terminar os estudos liceais. A opção é clara: Relações Internacionais. “Desde pequeno, gosto desse ramo”, sublinha.

Como segunda opção, aponta uma formação em ciência política. Tanto gosta da política que sonha ser primeiro-ministro, “para ajudar Cabo Verde”.

Os estudos de Manuel Fernandes não estão a ficar muito baratos para os bolsos do pai.
Só em transportes (Tarrafal/Ribeira Brava/Tarrafal) tem uma despesa mensal de sete mil escudos.

No décimo primeiro ano, as notas mais elevadas do liceu “Baltazar Lopes da Silva” obteve-as Maryzette Monteiro Soares.

Esta aluna da localidade de Fajã, no segundo semestre, destacou-se no quadro de excelência com a média de 18,71 valores.

Maryzette obriga-se ao sacrifício de fazer o percurso Fajã/vila da Ribeira Brava/Fajã todos dias, perdendo um tempo que poderia utilizar para o estudo ou o descanso.

Considera-se uma aluna aplicada desde que entrou na escola, aos sete anos de idade.

O tempo que dedica aos estudos varia entre duas a três horas diárias. Normalmente, levanta-se da cama por volta das 06H00. Na época dos testes, madruga um pouco, porque costuma descer da cama antes das cinco horas.

Maryzette, que já completou 18 anos de idade, informou à Inforpress de que ela ainda não tem definido o curso que irá fazer depois de terminar o liceu, porque há “pouca informação” sobre os ramos de formação existentes.

Disse que, inicialmente, estava inclinada para o jornalismo, mas acabou por pôr a ideia de parte, porque é uma profissão que requer “preparação e disponibilidade” e não sabe se estará à altura de a exercer.

Maryzette revela, entretanto, um desejo: gostaria de vir a ser ministra da educação de Cabo Verde, a fim resolver “algumas falhas”que na opinião dela existem no sistema do ensino.

A título de exemplo, informou que a sua turma tem dois “furos” semanais e não há nenhum programa escolar para a sua ocupação.

Outra preocupação dessa aluna de Fajã prende-se com a ocupação dos tempos livres dos jovens. Disse que depois do período que dedica aos estudos é obrigada a sentar-se à frente da televisão, porque não há outras opções.

Na opinião de Marizette Soares, o Ministério da Educação deveria preocupar-se também com os tempos livres dos estudantes, criando, por exemplo, escolas de música, dança e desporto.

CH

Inforpress/fim

S. Nicolau acolhe projectos da associação Tabanca Onlus

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Vila da Ribeira Brava, 29 Mai (Inforpress) - A ilha de S.Nicolau vai acolher dois projectos de cariz social, a serem implementados pela Tabanca Onlus, no quadro da parceria existente entre essa associação de cabo-verdianos em Itália, a Diáspora para o Desenvolvimento de Cabo Verde (DIAS) e a Organização Internacional de Migração (OIM).


Esta informação foi hoje avançada à Inforpress por Maria de Lourdes de Jesus, da Tabanca Onlus, que se encontra em S. Nicolau com mais cinco membros dessa associação e um elemento da DIAS.

Segundo essa emigrante de S. Nicolau em Itália, a visita da sua associação e do membro da DIAS a esta ilha tem por objectivo apresentar os dois projectos às duas Câmaras Municipais locais e discutir com os responsáveis de um e outro município o local onde serão implementados.

Um dos projectos tem por objectivo a construção de dez moradias sociais para beneficiar igual número de famílias carenciadas e o outro visa a construção de um centro multiuso, que disporá de um ciber-café, pequena biblioteca, espaço para a venda de produtos locais, janela de informação a turistas, entre outras aplicações.

Maria de Lourdes de Jesus (Lourdes de Camelita) informou que parte de financiamento para a sua realização já foi garantida pela OIM e que a outra parte será procurada em Cabo Verde.

Nesse quadro, disse que os membros da Tabanca Onlus e da Dias estiveram na Praia, antes da sua deslocação a S.Nicolau, onde estabeleceram vários contactos.

De entre as instituições contactadas, destacou a plataforma das ONG´s, Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade do Género (ICIEG), Associação para a Defesa do Ambiente (ADAD), Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Empresaria (IADE) e ADF (African Development Foundation), tendo esta última mostrado interesse em participar no financiamento dos dois projectos.

Segundo Maria de Lourdes de Jesus, Tabanca Onlus foi fundada em 2004, embora tenha iniciado a sua actividade em 2005.

Tem como membros os cabo-verdianos da primeira e segunda geração de emigrantes em Itália, sobretudo desta última.

CH

Inforpress/fim

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