Meteorologia

ANAC considera valores radioeléctricas das antenas de telemóveis irrisórios

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Os valores máximos detectados pelos técnicos da Agência Nacional de Comunicações (ANAC) nas medições radioeléctricas efectuadas na Praia não chegam a um por cento do valor recomendado internacionalmente. De acordo com o coordenador de Fiscalização e Controlo do Espectro Radioeléctrico da ANAC, Luís Ramos, a situação é preocupante quando ultrapassa os 42 volts/metro. Estes dados deitam por terra os argumentos utilizados, sobretudo por grupos de moradores que contestam a colocação das torres em prédios residenciais.



O coordenador de Fiscalização e Controlo do Espectro Radioeléctrico da ANAC, Luís Ramos, garante que não foi detectado nenhum caso digno de alarme, que possa prejudicar a saúde das populações, já que os valores de frequência encontrados estão longe de atingir os 40 volts/metros. “Se ultrapassar os 42 volts metros começa a ser preocupante e a primeira acção seria determinar qual é a fonte real de radiação e só depois fazer com que os operadores regularizem a situação”, fez saber, Luís Ramos.

Na medição radioeléctrica realizada em cima do prédio da operadora da T+, em Achada de Santo António, ficou comprovado que a existência da estação de rede móvel naquele local não traz nenhum perigo para os moradores deste ou de outros prédios. Isto porque, segundo os técnicos, os valores detectados, no caso desta empresa que funciona com a GSM de 900 megaherts e cujo valor de frequência para o público anda à volta de 41 a 42 volts/metros, atingem 0,12 por cento (- 2 volts/metros), um valor “irrisório” comparado com os valores que poderiam causar algum dano na saúde das pessoas.

Com estes resultados, a ANAC desmistifica eventuais dúvidas, segundo as quais, as antenas de comunicações móveis estariam a provocar efeitos de radiações nas pessoas. Para os testes, a ANAC recorreu a tecnologias de ponta internacional, com referência da ICNIRP (Comissão Internacional para Protecção contra Radiações Não-Ionizantes”, que serve de referência, igualmente, à Organização Internacional da Saúde.

Refira-se que, os problemas começaram desde que a empresa T+, a segunda operadora de rede móveis, iniciou actividades em Cabo Verde. É que essa empresa optou por colocar as suas antenas em prédios residênciais, o que despoletou a ira dos moradores e da vizinhança. Em São Vicente, por exemplo, os contestatários recorreram à Câmara Municipal para tentar impedir a colocação de uma antena nas proximidades do Largo dos Bombeiros. Sem sucesso, o grupo recorreu ao Tribunal de S. Vicente, mas ainda não há despacho sobre o assunto.

Constânça de Pina

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