Cordas do Sol está de volta à ribalta com “Lume d’lenha”. O CD, o quarto do grupo originário de Santo Antão e já considerado o melhor da banda, será apresentado ao público no dia 23, num concerto “ao vivo” a acontecer no Auditório Nacional “Jorge Barbosa”, Praia.
“Lume d’lenha” é um Cordas do Sol mais rico em sons. A bateria, o djambê, o chocalho e o toc toc reforçam o ritmo, a guitarra baixo marca o compasso e a voz feminina de Ceuzany Pires – uma agradável revelação das vozes de Barlavento – traz mais melodia aos temas inspirados na cultura tradicional de Santo Antão e de sabor universal. Mais, este CD mete um pezinho no crioulo de Santiago.
É o genuíno kolá Sanjom, a coladeira, a morna, a fusão do kolá com o batuque, o samba, interpretados por uma banda que agora é maior. Não são seis, mas oito elementos, consequência de algumas saídas mas também de entradas de novos membros que também trazem uma nova imagem de marca. Mudanças que são encaradas com naturalidade, após quase 15 anos de carreira e sucessos.
Tudo começou em 1995, no Paul, quando um grupo de amigos, que respondia pelo nome de Cordas do Sol, decidiu animar as noites do verde concelho com serenatas. Ao mesmo tempo, os tocadores da noite iam fazendo pesquisas e arranjos musicais. Cinco anos depois surgiu o primeiro disco - Linga d’Sentontom. Um CD que, graças à sua simplicidade de execução, leveza das composições e melodias alegres, cativou os cabo-verdianos.
Com um repertório que seguiu a mesma linha do primeiro, o segundo disco, Marijoana, chegou em 2002. Seguiram-se concertos, festivais internacionais e uma compilação em 2004 (“Terra de sodade”). Em busca de novas inspirações e roupagem, Cordas do Sol faz uma paragem estratégica em 2006. “Lume d’lenha”, o quarto CD agora nos píncaros da audiência mostra que valeu a pena.
TSF
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