O CD “Morabeza”, da cantora cabo-verdiana Maria de Barros, foi nomeado para o prémio “World Music” que é atribuído em 26 de Fevereiro pela NAACP - Associação Americana para o Avanço das Pessoas de Cor (American National Association for the Advancement of Colored People). Os prémios da NAACP distinguem os talentos americanos e do mundo em disciplinas como cinema, televisão, música e literatura.
Os prémios foram entregues pela primeira vez em 1970. A cerimónia é normalmente teledifundida pelo canal Fox Network, e foi transmitida ao vivo pela primeira vez em 2007, aquando da 38ª edição. O evento acontece em Los Angeles, na Califórnia. Ao reagir a esta nomeação, Maria de Barros agradeceu aos produtores do disco, entre eles os músicos cabo-verdianos Djim Job, Kalu Monteiro e o americano Danny Luchansky.
Refira-se que a cantora foi nomeada em 2008 para o prémio mexicano de música “Lunas del Auditório” na categoria de “world music”. O vencedor foi Manu Chao, que gravou “La Vida Tómbola”, uma das músicas mais rodadas nas estações de TV latinas. Entretanto, a voz cristalina, doce e sensual, o estilo crioulo-latino-americano, e a figura carismática de Maria de Barros deram já a esta artista uma dimensão universal.
O seu primeiro álbum, Nha Mundo, é o retrato cantado do percurso de Maria de Barros. Ela nasceu no Senegal, cresceu na Mauritânia, mas transporta com ela a alma de ilhéu. Com uma voz sincera e romântica, cantando na maioria das vezes em crioulo, de Barros enfeitiça qualquer plateia. Para além deste seu dom natural, consegue uma conexão perfeita entre ritmos latinos, cubanos, africanos e cabo-verdianos.
Boleros, samba e reggae fazem parte deste misto de influências recebidas dos lugares por onde passou. E dessas vivências, Maria de Barros fala, orgulhosamente, da inspiração que recebeu dos ritmos cabo-verdianos como a morna e a coladeira.
C/VisãoNews
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