O governo garante que existem em Cabo Verde 454 casos suspeitos de Gripe A (H1N1), dos quais 99 estão confirmados. Até ao momento não há registo de nenhum óbito por causa do vírus. Os dados foram avançados pelo ministro da Saúde, Basílio Ramos, durante a audição na Comissão Especializada da Saúde da Assembleia Nacional.
De acordo com Basílio Ramos, os casos estão distribuídos pelas nove ilhas habitadas do arquipélago. "O facto de estarmos a braços com uma epidemia de dengue não significa que não estejamos com atenção à Gripe A", disse Basílio Ramos, que não indicou, para quando, Cabo Verde contará com um laboratório de análises para esta e outras doenças, evitando que os produtos biológico dos suspeitos sejam enviados para o Instituto Pasteur, em Dacar (Senegal).
Aquele governante garantiu que Cabo Verde tem feito "esforços" para dotar os hospitais de mais e melhores equipamentos, mas salientou que os recursos, sobretudo financeiros, são escassos para concretizar todas as medidas. "Já temos um buraco enorme no MS. Nem sei como será quando se fizerem as contas", afirmou, justificando os gastos com a necessidade de se fazer face à dengue, à gripe A e ao paludismo.
Quanto ao paludismo, o ministro confirmou que existem 48 casos no país, na sua maioria importados de países como Guiné-Bissau e Senegal, desdramatizando que a doença, também conhecida por malária, se torne endémica no arquipélago.
Cabo Verde com 99 casos confirmados de Gripe A
|Prevalência da Sida em Cabo Verde abaixo de 1%
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Nas vésperas de se assinalar mais um Dia Mundial de Luta Contra a Sida, a 01 de Dezembro, o coordenador do Comité de Coordenação e Combate à Sida, José António dos Reis, garantiu ao asemanaonline que a situação da epidemia mantém-se estável em Cabo Verde. Isto é, a taxa da prevalência está abaixo de 1%.
Dados de 2009 indicam que existe actualmente em Cabo Verde 404 pessoas em tratamento por causa do VIH e mil e 50 outros casos estão a ser seguidos pelas estruturas de saúde. “São casos que foram identificados e seguidos. A qualquer momento estes pacientes podem entrar no sistema de tratamento com anti-retrovirais”, informa José António dos Reis, lembrando que a condição de seropositivo não confere imediatamente o direito de tomar o anti-retroviral. “É necessário ter um determinado nível de carga viral no organismo para se tratar com anti–retroviral”, diz o coordenador do CCCS-Sida.
De acordo com José António dos Reis, até 31 de Dezembro de 2007, havia em Cabo Verde um total de 2298 casos notificados, um número que têm se mantido estável desde que se fez o primeiro estudo de seroprevalência, em 1989, que apontava para uma taxa abaixo de 1% da população. Outro dado interessante é que, ao contrário do resto do continente africano onde têm havido uma feminilização da Sida, em Cabo Verde o último estudo indicou que a taxa de seroprevalência do VIH é de 1,1% para homens e 0,4 para mulheres.
Em matéria de combate ao VIH, José António dos Reis mostra-se satisfeito com o comportamento das instituições – Câmaras Municipais, escolas, Centro de Juventudes – que por esta altura estão a mobilizar recursos para desenvolver actividades no Dia Mundial de Luta. “Isso demonstra uma tomada de consciência relativamente a este problema”.
O comportamento dos cabo-verdianos perante a Sida é analisado num estudo que a CCCS-Sida vai divulgar no próximo dia 01 de Dezembro, para assinalar o dia mundial de luta contra a epidemia. Segundo José António dos Reis, este estudo contém exemplos interessantes de crenças sobre a doença, utilização de preservativos, de entre outros, que foram recolhidos através de testes ao conhecimento dos cabo-verdianos sobre este que é a maior epidemia do mundo.
O primeiro caso de Sida detectado em Cabo Verde, um arquipélago com cerca de 500 mil habitantes, remonta a 1986. Os anti-retrovirais chegaram em 2004 e deste então várias pessoas, incluindo crianças, receberam tratamento com esses medicamentos.
Constânça de Pina
S. Nicolau: IIPC apresenta projecto reabilitação edifício Orfanato
|Vila da Ribeira Brava, 19 Nov. (Inforpress) – O Instituto da Investigação e do Património Culturais (IIPC) fará a apresentação pública, esta sexta-feira, do projecto da reabilitação do edifício do Orfanato de Calejão.
O acto está marcado para as 18:30 horas, no Calejão, e contará com a presença do Ministro da Cultura, Manuel Veiga.
Há mais de duas décadas que se vem falando na restauração do histórico edifício do Orfanato, tendo em conta o seu estado de degradação e abandono.
CH
Inforpress/fim
S.Nicolau: Comissão Regional Parceiros com instalação dentro de seis meses
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Vila da Ribeira Brava, 15 Nov. (Inforpress) – A Comissão Regional de Parceiros (CRP) de S.Nicolau procedeu, sábado, 14, ao lançamento da primeira pedra para a construção da sua sede, na vila da Ribeira Brava.
DigO acto foi presidido pela Ministra do Trabalho, Formação Profissional e Solidariedade Social, Madalena Neves, e resultou de um contrato assinado entre a CRP de S.Nicolau e a Câmara Municipal da Ribeira Brava, no valor de cinco mil contos.
A edilidade Ribeira-bravense compromete-se a edificar a sede da CRP num período de seis meses.
A referida infra-estrutura será erguida ao lado do gabinete técnico da Câmara Municipal, na Chãzinha, por cima da oficina.
Segundo Madalena Neves, essa obra “vai abrir uma nova etapa na vida do Programa de Luta contra a Pobreza no Meio Rural”, através do qual, também, o Governo continuará a melhorar a condição de vida das famílias de S. Nicolau.
CH
Inforpress/Fim.
Mais 772 casos suspeitos de dengue em Cabo Verde
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Os serviços sanitários de Cabo Verde anunciaram mais 772 novos casos suspeitos de dengue, número que, asseguram, continua a ser preocupante, mesmo apesar da inexistência de óbitos.
Com os novos dados divulgados pelo Ministério cabo-verdiano da Saúd, sobe para 13.959 o total de casos suspeitos da doença, cuja epidemia está a afectar sobretudo as ilhas do Barlavento - Santiago, Fogo, Brava e Maio.
Nesta última, onde os números eram residuais, foram registados entre terça-feira e ontem 33 novos casos suspeitos, temendo-se que o mosquito portador da dengue tenha chegado à ilha vizinha da de Santiago, pois até agora tratava-se unicamente de casos "importados" da Cidade da Praia, onde a epidemia tem maior incidência.
Dos 772 novos casos registados nove evoluíram para a febre hemorrágica, aumentando para 100 o total de doentes nesta situação, a grande maioria internada no Hospital Agostinho Neto (HAN), na Cidade da Praia.
As estruturas de saúde nas ilhas do Sotavento - Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal e Boavista, onde os números são também residuais - não registaram qualquer caso.
DEPUTADO NELSON BRITO VISITA ILHA E PREPARA DEBATE SOBRE ORÇAMENTO DO ESTADO
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Assim, o Deputado pretende, nesta visita que deverá durar até Domingo,15, encontrar-se com as duas Câmaras Municipais da ilha, com o Delegado do Ministério da Agricultura, com os representantes do sector privado ...
arrafal, 12 Novembro - O Deputado do MpD eleito por São Nicolau, Nelson Brito está de visita à ilha tendo em conta a preparação da sessão plenária da Assembleia Nacional sobre o Orçamento do Estado para 2010, que se realizará no final deste mês.
Em declarações ao Liberal, Nelson Brito considera que se “deverá dar uma atenção especial a São Nicolau no Orçamento Geral de Estado para 2010 devido aos grandes estragos causados pelas chuvas de Setembro e Outubro último, para além da grave situação de estagnação, senão mesmo de retrocesso que estes quase nove anos de governação do PAICV conduziram São Nicolau, com consequências directas para a perda do poder de compra da população, perda na economia e competitividade, e redução do número de empresas na ilha”.
Assim, o Deputado pretende, nesta visita que deverá durar até Domingo,15, encontrar-se com as duas Câmaras Municipais da ilha, com o Delegado do Ministério da Agricultura, com os representantes do sector privado e também com Delegado de Saúde de São Nicolau, de modo a conhecer a evolução do quadro da epidemia da Dengue na ilha, e ainda com a sociedade civil.
Osvaldo Gomes - Liberal Online
A DENGUE SURGIU POR CULPA DAS CÂMARAS MUNICIPAIS
|São declarações bombásticas prestadas, ontem no Fórum RTP África, pela directora de serviços epidemiológico da Praia, Maria de Lurdes Monteiro: a culpa do aparecimento da dengue em Cabo Verde é das Câmaras Municipais e não do Ministério de Basílio Mosso Ramos como tem sido criticado. Para além disso, defendeu que não é possível evitar a entrada da dengue em Cabo Verde; que o atraso na identificação da doença nada teve a ver com a falta de laboratório específico para tal no País; e, ainda, que não há capacidade para identificação da doença em todos os 13 mil e tal casos
Praia, 12 Novembro - “A principal culpada pela evolução da dengue em Cabo Verde são as Câmaras Municipais”. Esta acusação foi feita ontem pela directora de serviços de epidemiologia da Praia, Maria de Lurdes Monteiro, em declarações à RTP África. Durante a entrevista, defendeu que “para haver uma epidemia é preciso que haja condições no País”
A directora que falava enquanto convidada do “Fórum RTP África”, ao não especificar que Câmaras Municipais teriam sido as responsáveis, acabou por responsabilizar todos os presidentes de Câmaras do País. Pelo menos daqueles Concelhos onde se terão verificado casos de dengue autóctones. Na base desta responsabilização estará certamente a falta ou o deficiente saneamento das cidades e vilas do País.
Recorde-se que a imprensa e a opinião pública têm vindo a responsabilizar o ministério de Basílio Mosso Ramos por não ter tomado as medidas adequadas ao ter tido conhecimento da existência do mosquito transmissor da dengue, desde 2008.
A este respeito, Lurdes Monteiro também desmente o ministro Basílio Ramos e o Delegado de Saúde da Praia que garantiram terem tido conhecimento da existência no País do Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, apenas no ano passado quando se estava a fazer um “levantamento cartográfico do paludismo”. A directora garante que o Aedes Aegypti existe no País há muito tempo.
Apesar de culpabilizar as Câmaras Municipais do País, a directora de serviços de epidemiologia reconhece que o seu ministério não se preparou para o combater a dengue, apesar de saberem da existência do mosquito transmissor da dengue, pois, segundo disse, o seu ministério estava preocupado “era com a febre-amarela”.
Mas a directora fez outras afirmações que podem ser consideradas polémicas. Lurdes Monteiro diz que “não é possível evitar a entrada da dengue” em Cabo Verde. E justifica-se dizendo que as pessoas viajam e são picadas nos países onde vão. E ninguém pode evitar as pessoas de viajarem.
Diz também que o tempo que se levou a identificar a dengue nada tem a ver com a falta de laboratórios específicos para essa doença no País, pois o tempo que se levou a identificar a doença no Senegal teria sido o mesmo se tivéssemos capacidades laboratoriais instaladas em Cabo Verde.
Ainda garante que em qualquer epidemia não se fazem análises laboratoriais a toda a gente. “Não há capacidade para identificação da doença em todos os 13 mil e tal casos”, garante. O que se faz, conforme explicou, é utilizar “critérios clínicos”, ou seja vai-se pelos sintomas que o médico constata nos pacientes.
Ribeira Brava dá continuidade à luta contra a Dengue
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A Câmara Municipal da Ribeira Brava vai dar continuidade à luta contra a Dengue no município, em parceria com a Delegacia de Saúde, ministérios do Ambiente e da Educação, Polícia e outras instituições. A deliberação saiu do encontro do executivo camarário, realizado na terça-feira.
Para isso, a edilidade decidiu pedir a população que continue a apostar na limpeza e na higiene das habitações e a dar combate e denunciar os potenciais focos de mosquito. A Câmara vai ainda notificar todos os proprietários de pocilgas e currais para manterem esses sítios limpos e determinar um prazo para a sua retirada dos locais não permitidos no código de postura municipal, salvaguardando assim a saúde pública da população.
CP
CONHEÇA MAIS A DENGUE
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A grande maioria das infecções é assintomática. Calcula-se que em cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas fiquem doentes. Portanto, na hipótese de uma epidemia com 100 mil casos de dengue diagnosticados, existirão cerca de 1 milhão de infectados
Apesar da epidemia de dengue que se dissemina em várias partes do país e da necessidade absoluta de eliminar os focos de criação do mosquito transmissor, não há razão para pânico. Embora muito desagradável, o curso da doença é autolimitado na quase totalidade dos casos.
A dengue é causada por um arbovírus da família Flaviridae, transmitido de uma pessoa à outra através de um hospedeiro intermediário, o mosquito Aedes aegypti.
O Aedes aegypti é um mosquito peridoméstico, que se multiplica em depósitos de água parada, acumulada nos quintais e dentro das casas. Apesar da vida curta, o Aedes é voraz: pode picar uma pessoa a cada 20 ou 30 minutos.
Quando o mosquito pica uma pessoa infectada, o vírus se instala e se multiplica em suas glândulas salivares e intestino. A partir de então, o inseto permanece infectado pelo resto da vida (vive ao redor de 30 dias).
Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: sorotipos 1, 2, 3 e 4.
O mecanismo de sobrevivência do vírus, nos períodos entre uma epidemia e outra, é mal conhecido. Na Malásia e nos países do oeste da África, foram encontrados macacos infectados, verdadeiros reservatórios naturais da doença. A transmissão vertical, isto é, do mosquito-mãe para os filhos, também foi documentada. Os ovos do mosquito podem sobreviver um ano em ambiente seco, enquanto esperam a estação seguinte de chuvas para formar novas larvas.
A grande maioria das infecções é assintomática. Calcula-se que em cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas fiquem doentes. Portanto, na hipótese de uma epidemia com 100 mil casos de dengue diagnosticados, existirão cerca de 1 milhão de infectados.
Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte se não houver atendimento especializado.
O período de incubação (da picada ao aparecimento dos sintomas) geralmente dura de 2 a 7 dias, mas pode chegar a 15 dias. A intensidade dos sintomas geralmente é mais leve nas crianças do que nos adultos. A doença é de instalação abrupta, indistinguível dos quadros gripais: febre intermitente de intensidade variável (que pode chegar a 39o e provocar calafrios), cefaléia, dores na região atrás dos olhos, nas costas, pernas e articulações. Muitos pacientes se queixam de dor ao movimentar os olhos, cansaço extremo e fraqueza muscular generalizada. Insônia, náuseas, perda de apetite, perversão do paladar e da sensibilidade da pele são freqüentes. Faringite e inflamação da mucosa nasal ocorrem em 25% dos casos.
Eritema (vermelhidão da pele) pode surgir no primeiro ou segundo dia: a vermelhidão se instala no tronco e se espalha para os membros, poupando palmas das mãos e planta dos pés. Bradicardia (diminuição da freqüência dos batimentos do coração) é encontrada em 30% a 90% dos casos.
A doença costuma ser bifásica: dois ou três dias depois de surgirem, os sintomas regridem e a febre cai. Outros dois ou três dias se passam e a sintomatologia retorna, geralmente menos intensa. O eritema fica mais nítido e surgem ínguas no pescoço, fossa supraclavicular e regiões inguinais.
Em poucos dias, o eritema regride novamente e a pele chega a descamar. A apresentação bifásica pode não ser nítida, nem é obrigatória. As duas fases, juntas, duram de 5 a 7 dias, tipicamente, mas a doença pode deixar um rastro de fadiga e depressão que permanece por diversas semanas.
Na forma hemorrágica, os sintomas são semelhantes, mas a doença é muito mais grave, por causa das alterações da coagulação sanguínea. Pequenos vasos podem sangrar na pele e nos órgãos internos, surgindo hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Como o leito dos capilares se dilata, a pressão arterial pode baixar, dando origem à tontura, queda, choque e, em raríssimos casos, à morte.
A fisiopatologia da dengue hemorrágica é mal conhecida. Uma das teorias parte do princípio de que ela esteja associada à infecção por cepas (linhagens) mais agressivas do vírus. A segunda pressupõe que já tenha havido uma primeira infecção inaparente pelo vírus, seguida de outra que provocaria reações imunológicas capazes de interferir com elementos essenciais do mecanismo de coagulação.
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença (fase de viremia) ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
Não existem medicamentos antivirais para combater a dengue. O tratamento é apenas sintomático. Tomar muito líquido, para evitar desidratação, e utilizar antipiréticos e analgésicos, para aliviar os sintomas, são as medidas de rotina. Por interferir com a coagulação, medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Buferin, Melhoral, Doril, etc.) estão formalmente contra indicados. Medicamentos à base de dipirona constituem boa opção para baixar a temperatura.
A dengue é doença de curso benigno, mas nos casos da forma hemorrágica é fundamental procurar assistência médica.
As fêmeas preferem o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Em geral, escolhem pés e tornozelos porque voam baixo. Atacam de manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Tanto as fêmeas quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos terrenos ao redor.
Chegam hoje primeiros apoios internacionais para combate à dengue
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Um cargueiro militar francês chega esta manhã à cidade da Praia, transportado uma equipa médica, medicamentos e dois hospitais de campanha, para ajudar as autoridades sanitárias cabo-verdianas a combater a epidemia da dengue que assola o arquipélago. Também uma equipa portuguesa, formada por quatro médicos e quatro enfermeiros, parte no sábado à noite de Lisboa para Cabo Verde, como o mesmo objectivo.
O apoio da França vai ser levado a cabo por elementos da equipa médica das Forças Armadas Francesas estacionada em Dakar (Senegal).
De acordo com fonte da Embaixada da França na cidade da Praia, a equipa médica francesa irá apoiar os colegas cabo-verdianos não só a atender os doentes como também nos exames laboratoriais para confirmar os casos suspeitos da dengue.
Juntamente com a equipa, viaja para a capital cabo-verdiana o delegado do serviço de saúde junto do contingente militar francês em Dakar, a fim de se inteirar da situação da epidemia e indicar se haverá necessidade de novos apoios por parte da França.
Por sua vez, a equipa médica portuguesa é composta por médicos especialistas em cuidados intensivos e doenças crónicas e enfermeiros dos Hospitais da Universidade de Coimbra
Estas são as primeiras respostas concretas da comunidade internacional ao apelo lançado esta semana pelo governo do Cabo Verde para apoiar o país na luta contra a epidemia da dengue.
Sexta-feira, o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, José Brito assegurou que a comunidade internacional está solidária com o arquipélago nesta luta sem tréguas ao vírus da Dengue.
“O apelo nacional foi atendido, e nos próximos dias estará a chegar ao país medicamentos, equipamentos e meios humanos para ajudar na campanha iniciada hoje e que se prolonga no fim-de-semana e nos próximos dias”, referiu.
A Dengue não ofusca outras doenças
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O director-geral da Saúde substituto, o médico Manuel Boal, garante que a epidemia da Dengue não está a ofuscar as outras doenças que está a assolar o país neste momento, como a Gripe A H1N1 e o Paludismo e, garante que se não se eliminar os mosquitos transmissores da Dengue ela vai continua aqui
Por outro lado, “podemos dizer que a Dengue apareceu como uma doença mais agressiva, mas os médicos continuam atento as todas as outras doenças” informa aquele director. O director-geral da saúde, Manuel Boal, informou que a Gripe A H1N1 e o Paludismo estão controlados.
Manuel Boal assegura que a Dengue pode se transformar em endemia, porque “se não acabarmos com os mosquitos, ou pelo menos se não reduzirmos substancialmente a densidade dos mosquitos em Cabo Verde, a Dengue vai ficar aqui.”
A febre-amarela é uma doença que é transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a Dengue. Questionado sobre este facto, o director-geral explica que são duas doenças diferentes e a febre-amarela tem vacina e, garante que a taxa de vacinação não está a baixar em Cabo Verde. “A febre-amarela não é notificada em Cabo Verde há mais de 200 anos.”
Quanto a Ébola que já se regista na República Democrática do Congo e em Camarões, de onde vêm muitos imigrantes para Cabo Verde, Boal responde que “não há risco de isso acontecer em Cabo Verde, porque há condições ecológicas muito especiais, como a floresta em que isso acontece e nós não temos essas condições reunidas. Podemos dizer que é quase impensável que Ébola pudesse entrar aqui.”
Em relação a campanha que acontece hoje e durante todo o fim-de-semana para a eliminar os mosquitos transmissores da Dengue, o director-geral da Saúde “convoca” aos cabo-verdianos para a luta contra os mosquitos.
DR
S. NICOLAU: depois da chuva a ilha espera solução
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O lugar está transfigurado. Não só no município da Ribeira Brava, mas também há estragos avultados no concelho do Tarrafal. Neste município, a realidade é também catastrófica, agravada com a fúria avassaladora das cheias que arrastaram quase tudo para o mar. Faz-se conta dos estragos. Calcula-se com que meios vão se repor o que as cheias levaram. Zonas como Ribeira Prata e Fragata, dificilmente serão como dantes.
Na reportagem que se segue, feita no terreno, trazemos histórias de gentes que viram tudo acabar, de repente.
Uma ex- emigrante, regressada em Dezembro passado, acordou numa noite de Setembro, e a casinha onde nasceu já tinha sido destruída e levada pelas correntes. Não morreu pelo susto, mas viveu um valente abalo. Aos 56 anos de idade, Maria de Fátima Ribeiro viu tudo o que guardava da sua infância ser levado pelas cheias. "No ti ta passa tud ês drama", relata à nossa reportagem.
É voz corrente no município. Tudo está acabado. Nada já é como dantes. O palco do festival de "ága doce", realizado, anualmente, entre os meses de Agosto e Setembro (conforme as chuvas) foi carregado. Até instrumentos musicais, equipamentos de iluminação, utilizados no certame, que este ano aconteceu na 1.ª semana de Setembro, foram apanhados e recuperados apenas no mar. Outros navegam ou repousam na imensidão do oceano.
Do lado da Ribeira Brava, a Vila, património nacional, continua irreconhecível. A edilidade está a envidar esforços para solucionar os problemas, mas os estragos são avultados. Para o interior, em direcção a Juncalinho, há mais de 20 cortes na estrada. Carriçal continua longe como sempre. A ligação terrestre ainda não foi restabelecida. Covoada, figura estar mais longe.
No troço de estrada que liga ao Tarrafal, há vários obstáculos. Terrenos cederam. Rochas desabaram. Paredes ruíram e há vários constrangimentos ao longo da via.
Quem vem da Ribeira Brava para Queimadas, apenas chega à zona pela via alternativa da Fajã. O acesso foi cortado. Em toda a estrada há vários obstáculos. À saída da Chãnzinha, há vários estorvos: há penedos e terras a ocupar as vias. Em Lombo Pelado, o murro da escola local cedeu e encurtou a estrada próximo a uma curva.
Pelas bandas de "caminh nob" há um corte, prontamente restabelecido pelas autoridades municipais do Tarrafal.
"Não há outra alternativa"
Desagradável. Esta é a palavra que Maria de Fátima Vieira Fortes, outra moradora na Ribeira Prata, escolheu para classificar a situação vivida durante as chuvas que mudaram o panorama da sua aldeia.
Esta senhora mora precisamente onde se construiu a mini barragem. Na empena da sua casa, construiu-se um caminho alternativo pois as primeiras precipitações trouxeram alegria à zona, na medida em que a barragem começou a encher-se e a jorrar água que nem uma cachoeira. Toda a ribeira se transformou num rio. "Era uma beleza, uma maravilha. As pessoas vinham, banhavam... mas na segunda chuva vieram pedras, entulhos, e muitos prejuízos". Conforme atesta, foi sol de pouco dura.
Aquela ribeira já foi um pomar onde se cultivava de tudo um pouco. O tempo encarregou-se de mudar o panorama. O que eram terrenos de regadio, transformaram-se, em tempos, em terrenos de sequeiro mas com o projecto de construção do dique de captação de água, a ideia era, através de motobombas, voltar a conferir à ribeira da Ribeira Prata o estatuto de zona de agricultura de regadio.
Na zona, as pessoas acreditam na boa fé das promessas feitas pelas autoridades municipais e nacionais, e dizem que se alguma coisa for feita, é possível recuperar algum terreno de cultivo, único meio de sustento na zona.
Assim como a senhora Maria, a quase totalidade dos moradores da Ribeira Prata dependem da agricultura, da criação de animais ou de famílias no estrangeiro para continuarem a viver e a ter o que levar a panela ao lume.
"Os nossos terrenos foram todos para o mar. Já havia comida que foram levados", lamenta esta mãe que vai dizendo que "não há outra alternativa" para se viver na zona.
7-11-2009, 16:44:26
ACG, Expresso das Ilhas
Governo disponibiliza recursos para a limpeza da estrada Ribeira Brava/Tarrafal
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Vila da Ribeira Brava, 04 Nov (Inforpress) - A Câmara Municipal da Ribeira Brava iniciou, esta semana, a limpeza da estrada asfaltada Ribeira Brava/Tarrafal, dos entulhos arrastados pelas cheias de Setembro e Outubro.
Esta primeira intervenção das autoridades locais na referida estrada, com financiamento do governo e após as cheias, visa a remoção dos entulhos não só das pistas de circulação como dos túneis e aquedutos existentes ao longo dessa via, os quais ficaram completamente entupidos.
A intervenção realiza-se no âmbito de um contrato-programa entre o Instituto Nacional de Estradas e o elenco camarário presidido por Américo Nascimento.
CH
Inforpress/fim
REPELENTE: Para uso no corpo e na pele contra a Dengue
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RECEITA DE REPELENTE CASEIRO- CONTRA A DENGUE / paludismo e outros... Em tempos de DENGUE, divulguem esta receita!
Esta receita foi passada por pessoas de uma colônia de pescadores (brasil). O excelente é que não intoxica; pode ser usado à vontade.
1 garrafa de álcool etílico ou mesmo canforado
meio vidrinho de óleo para bebê para não desidratar a pele (o óleo é opcional);
1 pacote de cravinho (mais ou menos 30 cravos), e deixe ficar em infusão por uma noite.
Torna-se um excelente repelente caseiro!!!!! E o cheiro até é agradável!
Governo declara tolerância nacional para combater a dengue
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Perante os números crescentes da dengue em Cabo Verde, o primeiro-ministro reuniu-se com vários os ministros, ao início da noite desta terça-feira, e decidiram declarar sexta-feira dia de tolerância de ponto a nível nacional para que todos os funcionários possam apoiar no combate ao mosquito transmissor da doença. Trata-se de uma medida inédita no momento em que a Dengue Hemorrágica já matou três pessoas no país.
Numa altura em que começam a circular informações sobre escassez de medicamentos e de repelentes nas farmácias do país, o director geral da Saúde, Manuel Boal, garantiu ao asemanaonline que, além do reforço da produção do Paracetamol pela Inpharma, o MS decidiu importar mais soros e Dipirona para que não haja rupturas.
As informações de que faltam alguns medicamentos para combater a dengue foram desmentidas pelo director geral da Saúde. Segundo Manuel Boal, o MS tem estado em contacto permanente com as delegacias de saúde do país e com a Inpharma e não recebeu nenhuma notícia sobre a ruptura de medicamentos.
Mesmo assim, e como medida de precaução, o MS decidiu fazer a importação de alguns medicamentos, sobretudo soros e Dipirona, para que não haja rupturas. É que nas últimas 24 horas, foram notificados quatro novos casos de Dengue Hemorrágica no país, sendo que três já faleceram (dois na Praia e um no Centro de Saúde de Santa Cruz).
Entre segunda e terça-feira, surgiram 748 casos suspeitos de dengue em todo o país. Na Praia foram atendidos 510 casos; em São Domingos, 6; Santa Catarina, 10; Santa Cruz, 21; Tarrafal, 5; São Miguel, 7; Maio, 39; São Filipe, 122; Mosteiros, 17; Brava, 8. Foram ainda notificados dois casos em São Nicolau, um (importado das ilhas infectadas) na Ribeira Grande, em Santo Antão.
INPS financia construção da casa dos familiares das vítimas das cheias em São Nicolau
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Praia, 29 Out. (Inforpress) - O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e a Câmara Municipal da Ribeira Brava assinaram, semana passada um protocolo, visando a construção de uma casa para os familiares das vítimas das cheias de Setembro, na localidade de Covoada, em São Nicolau.
No acto da assinatura do protocolo, o INPS disponibilizou um cheque no valor de 600 mil escudos, correspondente a primeira tranche.
A segunda tranche, ainda, por quantificar, será disponibilizada mediante a entrega dos justificativos das despesas efectuadas durante a primeira fase de construção da habitação.
A casa vai beneficiar a mãe da mulher, que teve a sua casa soterrada e faleceu junto com as suas duas filhas, nas cheias de Setembro passado.
As chuvas caídas em São Nicolau provocaram danos materiais e humanos, que tocaram toda a sociedade cabo-verdiana.
Com este gesto o INPS, enquanto parte integrante do sector público, decidiu emprestar a sua solidariedade e apoio ao Município da Ribeira Brava e à sua população.
JL
Inforpress/Fim